4º Encontro de Outono – Nota à Imprensa

USF-AN APOIA O NOVO CICLO DA REFORMA DOS CSP

Defende a criação de uma Unidade de Missão e aposta no apoio à Investigação Clínica pelas USF – www.biusf.pt


A USF-AN congratula-se com o enorme sucesso do seu 4º Encontro de Outono das USF que se realizou hoje no Porto, tendo como tema de fundo o momento atual e futuro das USF e o desenvolvimento do seu projeto BI USF (www.biusf.pt).

Ficou claro neste evento, que atingiu o máximo de inscritos (250 profissionais de saúde), que o BI|USF está a dotar as USF de um instrumento de Governação Clínica, que as apoia e sustenta o seu desenvolvimento enquanto organizações inteligentes (aprendentes).

Mais, foi possível demonstrar que o novo Módulo de Investigação, já é uma ferramenta que torna mais fácil a investigação feita nas e pelas USF. Foi lançado com sucesso o projeto de Investigação da USF AN sobre Risco Cardiovascular: estudo nacional de base populacional de caracterização epidemiológica de fatores de risco cardiovascular e perfil terapêutico associado, em 2015 e a 1ª área de Melhoria Contínua (E-Qualidade) – “Centralidade no Cidadão”.

Foram também abordadas as “Ameaças e Oportunidades” do momento atual, tendo-se concluído que no decurso dos últimos 4 anos tem sido evidente o sistemático clima de bloqueio e de comportamentos ilegais por grande parte dos órgãos da administração, nomeados quase exclusivamente por critérios estranhos às competências e experiência exigidas.

Constatou-se que tem ocorrido:

– Restrições ao n.º de USF a constituir: em 2015, ainda só abriram 19 USF, apesar de existirem 25 candidaturas ativas

Restrições ao n.º de USF a passarem para modelo B: em 2015, ainda só passaram 16, apesar de existirem 33 candidaturas ativas

Incentivos institucionais não aplicados em 70% das USF: nomeadamente na ARS Norte, apesar de propostas de investimento de 40% em computadores, 33% em impressoras, 36% em centrais telefónicas e 35% em quiosques eletrónicos

Incentivos financeiros de 2014: ainda por cumprir na ARS LVT

Bloqueios aos pedidos de acreditação por parte das USF

Sistema de Informação caótico

Ausência de uma verdadeira política de recursos humanos com fraca valorização dos ativos humanos, continuando a apostar na precaridade (secretários clínicos), dificuldade nas mobilidades e concursos caóticos

Ausência de uma estrutura nacional de governação e pilotagem dos CSP com equipas regionais de apoio (ERA) e Conselhos Clínicos e de Saúde (CCS), providas de recursos humanos suficientes para cumprirem a sua missão

 

Foi esta a marca que o Ex. Ministério da Saúde, Paulo Macedo deixou em relação às USF, apesar de continuamente se provar que as USF fazem Mais, Melhor e a Melhor Preço. E os cidadãos reconhecerem!

 

EXIGIMOS UM NOVO CICLO DA REFORMA DOS CSP

Que a Assembleia da República e o próximo governo tenham em conta os aspetos aqui relevados e respeitem este serviço público de reconhecida Qualidade.

Para isso, a USF-AN relembra que a dinâmica própria dos ciclos políticos reformistas aconselham que no início da legislatura e no seio da Assembleia da República, seja criada uma UNIDADE DE MISSÃO com mandato limitado (3 a 5 anos) para conduzir o novo ciclo da reforma dos CSP, dando prioridade ao tripé:

1. À criação de um dispositivo de gestão do conhecimento (página web) – cultura de transparência, monitorização, prestação de contas e avaliação do funcionamento dos serviços e seus impactos na saúde da população, para assegurar um verdadeiro planeamento estratégico nacional dos CSP, nomeadamente na área dos recursos humanos

2. Aumentar o número de USF, tendo como objetivo ter cerca de 95% da população coberta com a marca USF

3. Redimensionar os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS), diminuindo o número de unidades funcionais em cada um e promover a sua autonomia através de Contrato-Programa ao invés da crescente centralização do poder nas ARS e na ACSS. (“Refundação” da Administração Pública na saúde), pondo em funcionamento no prazo de 1 ano todos os Conselhos Executivos e Conselhos da Comunidade dos ACES, promovendo o envolvimento, compromisso e participação das autarquias na gestão dos ACES.

 

Podem contar a USF-AN para o desenvolvimento deste tripé.


Porto, 13 de novembro de 2015

Pela Direção da USF-AN

João Rodrigues | Presidente da Direção

 

APRESENTAÇÕES, FOTOS E DOCUMENTOS DO 4º ENCONTRO DE OUTONO, NO SITE OFICIAL

 


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