COMUNICADO
16.junho.2025
“Leio Camões, aquele que nunca mais morreu, … porque se alguma coisa tenho em comum com ele, … é a certeza de que partilho da sua ideia, de que um ser humano é um ser de resistência e de combate. É só preciso determinar a causa certa”, concluiu Lídia Jorge no seu discurso das comemorações do dia 10 de Junho de 2025.
“…perante as incógnitas que nos assaltam, sabemos que temos a força.” (Lídia Jorge, 10 de junho de 2025) … a força de muitas décadas de SNS e de cuidados de saúde primários, fundadas na ideia de não deixar ninguém para trás, de disponibilizar aquilo que é essencial para todos poderem ter uma vida digna, em que a saúde amplie e permita alcançar o potencial de cada pessoa, de cada família, de cada comunidade, da sociedade como um todo.
Estamos a iniciar um novo ciclo político, que muitos consideram mais estável, apesar de não ter alterado muito a posição dos partidos que estão no governo de Portugal.
Estável porque o programa do Governo segue as linhas do anterior e já sabemos a posição dos partidos, das associações, dos sindicatos e dos vários interesses em campo.
Estável porque já sabemos como agem os principais atores atuais da área da saúde.
Estável porque não alterou muito o Ministério da Saúde e isso não levará a uma nova mudança de cadeiras por motivos meramente políticos. Tal não acrescenta qualidade à seleção, avaliação e manutenção dos cargos de chefia, mas preserva o sistema de mais mudanças sem critério e a instabilidade que, obrigatoriamente, se lhes segue.
Estável porque o novo governo diz que vai apostar na desburocratização, na melhoria dos processos, na simplificação, na digitalização, no fundo, na otimização do que funciona.
Estável porque todos finalmente perceberam que os pactos de regime são mesmo essenciais, como a USF-AN tem defendido para a Saúde.
Para o novo ciclo político, é fundamental “determinar a causa certa” e que a Saúde deixe de ser uma arma de arremesso nas disputas políticas, ideológicas e eleitorais e seja possível chegar a um consenso sobre as grandes linhas a seguir nos próximos 10 anos. Portugal precisa desse consenso, a economia precisa desse consenso, a sociedade precisa desse consenso porque uma vida digna tem de se basear numa população saudável.
Podem contar com a USF-AN, as suas propostas e o seu empenho: o Governo, o SNS, as Unidades Locais de Saúde, as USF e todas as unidades funcionais, os profissionais de saúde e, acima de tudo, a população portuguesa e todos os que residem em Portugal, porque, como também lembrou Lídia Jorge, todos “vimos da Terra”.
Cuidados de saúde de qualidade têm de chegar a Todos! Sem exceção!
Com os melhores cumprimentos,
Pel’a Direção da USF-AN
André Biscaia
Presidente da Direção | [email protected]