Aos 28 de abril do presente ano, os profissionais de saúde, especialmente os Enfermeiros de Família das USF e das UCSP, foram confrontados com a Circular Normativa Conjunta n.º03/DGS/SPMS, que dá instruções sobre o novo módulo informático, “VACINAS”, inserida na Plataforma de Dados em Saúde (PDS).
Lê-se na dita Circular que, a partir de 15 de maio:
“3. A disponibilização progressiva do VACINAS às unidades de saúde é acompanhada, sempre que possível, da prévia migração do histórico de vacinação dessa unidade.
- Nas unidades em que não tenha havido migração prévia do histórico vacinal, terão que ser transcritas todas as doses anteriores da(s) vacina(s) a administrar ao cidadão em cada acto vacinal”.
Par além de se confirmar uma enorme lentidão no acesso a plataforma VACINAS – PDS, este módulo veio hoje confirmar uma regressão tecnológica, na medida em que se verifica que milhares de profissionais não têm acesso ao histórico da vacinação dos seus utentes, outrora já informatizado.
Contribuindo para este desconforto já instalado, propõe-se ainda que, manualmente, se “(re)crie” o referido histórico, perdendo, novamente, horas do seu trabalho para esta tarefa.
Agravando esta situação, a própria Plataforma PDS tem bloqueios constantes, não permitindo registar no dia da administração da vacina, o que aumenta o risco de falha.
Esta nova aplicação, a “VACINAS”, vem perturbar gravemente o desempenho dos profissionais e unidades, bem como colocar em causa a saúde dos cidadãos, uma vez que não estão garantidas as condições mínimas de acesso à totalidade da informação clínica do mesmo.
A USF-AN, defensora do SIMPLEX da Saúde, não coaduna com medidas que não reúnem condições de suporte e segurança como é o caso.
Visto que todos os dados das vacinas estão já informatizados, a USF-AN exige que seja feita a migração dos mesmos e que a entidade competente e promotora desta nova Aplicação, designadamente os SPMS, EPE, suspendam a sua implementação até que estejam reunidas todas as condições para que a mesma se utilize com segurança, nomeadamente a total migração do histórico de vacinas dos utentes.
A Direção da USF-AN
