Entrevista na CNN – Autodeclaração de doença “liberta os médicos de família para aquilo que é realmente essencial

Foram divulgados números sobre a utilização da autodeclaração da doença criada há cerca de dois anos e o presidente da USF-AN foi ouvido sobre a temática.
É uma medida globalmente positiva que se insere naquilo que deve ser uma linha de trabalho a prosseguir no sentido da responsabilização de cada um pela sua própria saúde e da promoção dos autocuidados em segurança,  libertando os serviços de atividades não essenciais.
São medidas, como esta, que a USF-AN tem solicitado desde 2017 no âmbito de um SIMPLEX dos procedimentos que consomem, sem valor acrescido, muito tempo aos Cuidados de Saúde Primários.
Podem ser medidas adicionais na mesma linha:
  • estender as autodeclarações de doença para a assistência a filhos/equiparados menores do que 12 anos que estejam doentes;
  • passar os certificados de Incapacidade para o trabalho de longa duração para a SS e/ou pela medicina do trabalho;
  • criar Centros de Avaliação Médica e Psicológica (CAMP) no país todo e que fiquem responsáveis pelas consultas específicas com vista à obtenção dos atestados médicos para a carta de condução, assim como os atestados médicos para caçador, concessão de licença para uso e porte de arma e desportista náutico (carta de marinheiro, patrão de vela e motor, de costa e de alto mar);
  • responsabilizar os cuidados hospitalares pela realização dos exames que prescrevem (inclusive na comunidade);
  • responsabilizar os cuidados hospitalares pelo pedido de consultas para outras especialidades que considerem necessárias;
  • terminar com atestados de saúde/doença para creches e escolas (aqui aplicar a legislação em vigor);
  • terminar com atestados de saúde para  universidades, trabalho – passar a responsabilidade para as próprias instituições, se deles necessitam de facto;
  • terminar com atestados para atestar que as mães estão a amamentar os seus filhos – passar para a esfera da responsabilidade de cada mãe.
É, também, com medidas destas que se consegue que cuidados de saúde primários de qualidade cheguem a mais pessoas e que se consiga que toda a população residente em Portugal tenha a sua equipa de saúde familiar a trabalhar em condições otimizadas.
A Direção