A USF-AN vem reiterar a manifestação do seu descontentamento face à falha informática nacional que se verifica no sistema informático SClínico.
Desde o dia 6 de novembro de 2018 que o programa SClínico se encontra persistentemente a falhar no seu módulo da prescrição de meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT).
Para além de desconcentrar e romper a confiança estabelecida na relação médico/enfermeiro-utente, consideramos igualmente um profundo desrespeito pelos próprios utentes que recorrem aos serviços de saúde do SNS! Ainda por cima, sem hipótese de prescrever os exames em papel!
Consultas paralisadas, tempos infinitos a tentar resolver os problemas que vão surgindo com as aplicações utilizadas, completa desarticulação de consultas e muitas outras consequências provenientes destas falhas sucessivas dos SI são a realidade vivida nos nossos Centros de Saúde, incluindo nas USF, exceto nas poucas USF com aplicação que não é da SPMS, IP!
É um contrassenso estar na era das novas tecnologias e não sermos capazes de seguir uma linha estratégica integrada e amigável do utilizador, que não perturbe o desempenho dos profissionais e promova a confiança e segurança da relação com os seus utentes.
Esta situação vivida hoje agrava-se ainda mais quando temos no terreno aplicações informáticas que não são dos SPMS, IP, que estão validadas em termos de referenciais da saúde e têm demonstrado a sua capacidade plena em dar resposta às necessidades dos profissionais.
Urge abandonar a era das múltiplas aplicações informáticas. Exige-se o desenvolvimento estrutural de um sistema informático com termos de referência validados por todos os intervenientes.
Apelamos à Senhora Ministra da Saúde que abandone esta passividade e que exija soluções aos responsáveis pelos SI da saúde.
A Direção
IMPRENSA