A USF-AN subscreve na totalidade a denúncia da Ordem dos Médicos, sobre as “sucessivas falhas e obstáculos informáticos à prescrição médica eletrónica”, acrescentando que estas não têm sido apenas na PEM (médicos), mas sim em todas as aplicações informáticas, incluindo o SINUS, SClínico e PDS, perturbando também o normal desempenho dos enfermeiros e secretários clínicos.
Lamentamos que se mantenham os mesmos problemas ao longo do tempo. Não compreendemos como na era das novas tecnologias não somos capazes de seguir uma linha estratégica integrada e amigável do utilizador no que diz respeito aos SI da saúde. Para a USF-AN, existem critérios basilares para cumprir esse fim:
- Um dos critérios obrigatórios para se evoluir qualitativamente no SI dos CSP é a existência de um processo clínico único eletrónico (PCUE) integrado, incluindo, obrigatoriamente, a integração da parte administrativa, agenda e processo clínico. Esta situação que está longe de acontecer nas soluções propostas pelos SPMS, visto que continuamos com múltiplas aplicações isoladas: SINUS, MARTA, SClínico e PEM, entre outras. (conheça a posição da USF-AN sobre os Sistemas de Informação (Processo Clínico Eletrónico – aqui).
- A aplicação UNO-SONHO dos CSP (substituição do SINUS e MARTA) está em fase experimental inicial em 5 (cinco) Unidades Funcionais da cidade do Porto, não existindo ainda condições técnicas para se estender ao resto do país. Provavelmente só em 2020!
- Continuamos com a aplicação do RNU desatualizada, não cumprindo o estipulado no Despacho n.º 1774-A/2017 nem na Circular Normativa Conjunta dos SPMS e ACSS, datada de 20/06/2017.
- Continuamos todos à espera de ferramentas de apoio ao processo de decisão clínica. Ferramentas com alertas relativos às interações medicamentosas e/ou contraindicações relacionadas com caraterísticas particulares dos doentes, como alergias, estados patológicos ou fisiológicos (gravidez e aleitamento, por exemplo). Devem também incluir alertas de apoio à qualificação da prescrição médica, como por exemplo, dispor de informação complementar sobre cada medicamento, não disponibilizada pelo Infarmed, tais como equivalências internacionais, informação de interferências, fotografias de embalagens e outras, que são de grande utilidade ao médico.
Urge abandonar das múltiplas aplicações informáticas. Exige-se o desenvolvimento estrutural de um sistema informático com termos de referência validados por todos os intervenientes.
A Direção