Falhas nos sistemas de informação da saúde continuam

A USF-AN vem reiterar a manifestação do seu descontentamento face às falhas informáticas que se continuam a sentir a nível nacional. Desde o dia 6 de novembro de 2018 que a generalidade dos sistemas informáticos do SNS continuam persistentemente a falhar.

Partilhamos alguns relatos de profissionais: (recolhidos no fórum USF-AN)

  1. Lentidão permanente e generalizada;
  2. Programas não ajustados a circulares informativas da própria SPMS, EPE e ACSS, IP (Ex. RNU);
  3. Na PEM, falhas crónicas na visualização da medicação crónica, o que pode ter consequências tremendas para o utente;
  4. Falhas na referenciação, ou seja, há informação de que o pedido de referenciação para outra especialidade hospitalar é feito mas na verdade nunca chega ao destino;
  5. O hardware está desajustado: os novos cartões de cidadão ou cartão da Ordem dos Médicos não são reconhecidos pelos leitores disponíveis (leitura obrigatória para aceder aos SI);
  6. O módulo da prescrição dos exames sem papel está permanentemente a falhar;
  7. Múltiplas password de acesso às múltiplas aplicações informática em vez de ser só uma.

Em abril de 2018 realizamos o Estudo do Momento Atual da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários (sumário executivo aqui), que vai já na sua 9ª edição. Na área dos sistemas de informação da saúde destacamos:

  1. A SPMS, EPE é a instituição que menos satisfação gera no seio dos coordenadores das Unidades;
  2. A área dos sistemas de informação liderou o top de principais problemas que carecem de resolução imediata na saúde em Portugal;
  3. A satisfação em relação à utilização das aplicações informáticas diminuiu;
  4. Níveis de satisfação muito baixos quanto à interoperabilidade entre os diversos sistemas e as aplicações de apoio à consulta.

Posto isto, concluímos que a SPMS, EPE ainda não conseguiu corrigir aquilo que os profissionais entendem como desadequado. Estamos perante um sistema com poucas evoluções positivas e com pouca participação daqueles que diariamente utilizam as aplicações informáticas.

Apelamos à Senhora Ministra da Saúde, mais uma vez, que exija soluções aos responsáveis pelos SI da saúde.

A Direção