NÃO COLOCAÇÃO JOVENS ESPECIALISTAS MGF

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
Aviso nº 5772-A/2015 de 26 de maio

Este concurso é mais um exemplo da ausência de uma verdadeira política e estratégia de gestão e de valorização dos recursos humanos da saúde.

Há danos irreparáveis com este concurso e um sem número de obstáculos e ameaças às USF, ao Serviço Nacional de Saúde, aos jovens médicos e aos utentes.

O mínimo que este governo pode fazer é a abertura urgente de um novo concurso que garanta a contratação de todos os Médicos de Família, evitando a implosão de USF, a emigração e/ou o abandono do SNS.

É fundamental que sejam também tomadas medidas em relação aos novos especialistas de MGF que vão acabar a especialidade em outubro e nos próximos anos.

Designadamente, um concurso nacional, com regras iguais para todos, conduzido centralmente (ACSS) e com mapas de vagas adequados às necessidades nacionais, regionais e locais, levando em linha de ponderação o local de formação.

Medidas obrigatórias para uma verdadeira política de Recursos Humanos:

  1. Transparência: informação objetiva, sobre a falta de Médicos de Família, Enfermeiros de Família, Secretários Clínicos e outros profissionais de saúde, com atualização semestral dos dados.
  2. Concursos nacionais de mobilidade em janeiro e em setembro para quem já está colocado.
  3. Concursos nacionais para jovens médicos especialistas, logo a seguir ao exame, ou seja, com abertura em abril e outubro.


É fundamental que se mantenha a aposta nas USF e seja respeitado o princípio da escolha mútua dos profissionais pelas equipas.

A criação e desenvolvimento das USF foi até hoje a melhor resposta para a atribuição de uma equipa de saúde (médico de família, enfermeiro e secretário clínico) a cada cidadão e sua família.

É este o caminho que defendemos e propomos, no âmbito das “7×7 medidas” para o novo ciclo dos Cuidados de Saúde Primários.

Porto, 15 de setembro de 2015

A Direção da USF-AN