USF-AN apoia a greve nacional dos Médicos

«Generalizar a Marca USF a todo o País»

A Greve dos Médicos convocada pelos dois Sindicatos Médicos e apoiada pela Ordem dos Médicos para 8, 9 e 10 de maio de 2018, tem como reivindicação principal a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), bem como o direito dos portugueses de terem acesso a cuidados de saúde qualificados, apenas alcançado com a generalização da “Marca USF” (Unidade de Saúde Familiar) a todo o país.

Na área de intervenção dos Centros de Saúde e da prestação de cuidados de saúde de proximidade, verificamos várias medidas adotadas pelos Ministros da Saúde e das Finanças que denunciam, claramente, a opção de não aposta nas USF e no desenvolvimento da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários.

As listas de utentes devem ser redimensionadas para o pré-Troika (de 1.900 para 1.550 utentes), devendo apostar-se no financiamento correto da prevenção da doença e promoção da saúde, reforçando-se os Centros de Saúde de equipas multidisciplinares, onde se devem incluir os médicos dentista, nutricionistas, psicólogos clínicos, fisioterapeutas, entre outras especialidades, bem como a consultadoria especializada em diversas áreas e colocação célere dos recém-especialistas e concretização efetiva das mobilidades.

Esta greve marca um momento importante de melhoria qualificada para os utentes, para os profissionais e para o país. Não podemos continuar a aceitar o país a três velocidades! Cumprindo os princípios de igualdade e equidade, não podemos continuar com cidadãos sem equipa de saúde familiar, alguns deles inscritos em UCSP com condições precárias e apenas 60% da população inscrita em USF.

Queremos que todos os cidadãos possam ter acesso a uma USF, preferencialmente a USF de modelo B, que demonstram uma eficiência anual de 100 milhões de euros ao erário público, assegurando ainda uma melhoria significativa dos resultados em saúde em todos os indicadores.

Porque acreditamos e defendemos o alargamento deste modelo de prestação de cuidados (USF) a toda a população portuguesa e porque a saúde se faz por pessoas e para as pessoas, entendemos que existem razões concretas que justificam a convocatória pelos Sindicatos Médicos de uma Greve Nacional dos Médicos para os dias 8, 9 e 10 de maio.

Participaremos e apoiaremos todos os médicos que decidirem aderir à Greve e à Manifestação Nacional agendada para o dia 8 de maio em Lisboa.

A Direção