USF-AN na Comissão Parlamentar de Saúde

A USF-AN esteve ontem (22.10.2014)  na Comissão Parlamentar de Saúde para discutir com os grupos parlamentares sobre o«insuficiente investimento nos cuidados de saúde primários e nas unidades de saúde familiar», de acordo com o relatório n.º 17/2014 do Tribunal de Contas.

Há, na nossa opinião, erros em vários dos cálculos efetuados. Não é valorizada devidamente, também na nossa opinião, a situação anterior à Reforma dos CSP e às USF e o efeito catalisador das USF em relação ao modelo tradicional.

A USF-AN alertou a Comissão de Saúde para a diminuição do ritmo de abertura de novas unidades, lamentando o desinvestimento nos cuidados de saúde primários. Segundo dados apresentados na Assembleia da República, a média de USF a iniciar atividade por mês baixou este ano para três, quando em 2008 tinha sido de 9,17.

A Associação apresentou os vários obstáculos vividos pelos profissionais e equipas:

Despacho que limita as USF – quando são mais necessárias do que nunca!

Sistema de Informação que bloqueia a monitorização e dificulta a prescrição – (PEM)

Recursos Humanos limitados – Médicos, Enfermeiros e Secretários Clínicos

Não contratação para repor quem sai; Dúvidas se essas dificuldades não são maiores para as USF B (mas são as USF que formam 75% dos internos de MGF)

Ausência de autonomia dos Agrupamentos de Centros de Saúde  – ACeS

Não Articulação das várias reformas em curso (CSP; RNCCI; Saúde Mental; Hospitais)

 

As USF são uma aposta de sucesso – urge continuar o seu desenvolvimento !